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Vereador e médico são indiciados por esquema de atendimentos particulares em hospital público de Arapiraca

Investigação da Polícia Civil aponta que o médico realizava consultas particulares em hospital público, a pedido do vereador, beneficiando pacientes fora do protocolo de emergência.

30/05/2025 14h38 - Atualizado há 2 dias

A Polícia Civil concluiu nesta sexta-feira (30) o inquérito que apurou um esquema ilegal envolvendo um vereador e um médico no Hospital de Emergência do Agreste, em Arapiraca, interior de Alagoas. De acordo com a investigação, o médico prestava atendimentos particulares dentro da unidade pública de saúde, beneficiando pessoas indicadas pelo vereador, sem passar pela triagem ou respeitar o protocolo de atendimento emergencial.

Segundo informou o delegado Edberg Sobral, responsável pelo caso, o esquema funcionava nos dias de plantão do médico, quando o vereador levava vários pacientes, que eram atendidos de forma privilegiada, sem registro de entrada ou triagem para avaliação prévia da gravidade do caso.

 

g1 entrou em contato com a assessoria do hospital, que informou que o local é público e que não há nenhuma cobrança. Disse ainda que o médico não foi afastado e que as medidas administrativas só devem ser tomadas após a conclusão do inquérito policial.

A prática, considerada crime de corrupção, vinha se repetindo até o último dia 19 de maio, data em que a direção do hospital, já ciente da situação, determinou que a entrada irregular fosse barrada.

 

Flagrante interrompeu atendimento

 

Na noite do flagrante, vigilantes impediram a entrada das pessoas levadas pelo vereador, o que gerou uma confusão. Segundo o inquérito, o vereador desacatou e empurrou um dos vigilantes e foi até a sala do médico, onde ambos tentaram insistir na liberação dos atendimentos.

A situação paralisou a recepção do hospital por quase duas horas, prejudicando o atendimento de outros pacientes. Um policial militar precisou intervir e retirar o vereador do local.

O delegado indiciou o vereador pelos crimes de desacato, injúria, difamação, corrupção ativa e lesão corporal dolosa. Já o médico vai responder por corrupção passiva. O inquérito foi remetido ao Judiciário nesta sexta-feira (30).

A Polícia Civil reforçou que apura com rigor qualquer infração penal que chegue ao conhecimento da instituição, independentemente da posição ou função pública dos envolvidos.

 

NOTA DE ESCLARECIMENTO

Atendimento Particular no Hospital de Emergência do Agreste

A Direção do Hospital de Emergência do Agreste (HEA), em Arapiraca, esclarece que a unidade é mantida pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e que nenhum atendimento ou procedimento é cobrado dos usuários. Sobre a denúncia de atendimento pago na unidade, ressalta que está acompanhando e contribuindo com a investigação da Polícia Civil de Alagoas (PC/AL).

Salienta que, paralelamente, também está ouvindo, administrativamente, as partes envolvidas na denúncia, além das testemunhas. Com relação a medidas administrativas quanto aos citados na denúncia, informa que serão adotadas após a conclusão do inquérito policial.


FONTE: G1 Alagoas
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