Em uma publicação no X, um porta-voz militar israelense exigiu que os palestinos abrigados em Deir al-Balah deixassem imediatamente a região.
– As Forças de Defesa estão trabalhando com grande vigor para destruir as capacidades inimigas e a infraestrutura terrorista na área, expandindo suas atividades em uma área onde nunca operaram antes – disse Avichay Adraee em uma publicação no X.
Segundo o jornal israelense Times of Israel, Deir al-Balah é uma das poucas regiões em Gaza que se mantinha majoritariamente segura durante a guerra, devido à baixa intensidade de operações militares. Isso levou milhares de palestinos deslocados a se abrigarem na região.
De acordo com o Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA), o novo avanço da ofensiva terrestre israelense afeta entre 50 mil e 80 mil pessoas que agora deverão deixar Deir al-Balah. A medida eleva para 87,8% a área de Gaza que está sob ordens de evacuação ou foi transformada em zonas militarizadas.
“Isso deixa 2,1 milhões de civis espremidos em uma área fragmentada de 12% da Faixa, onde os serviços essenciais entraram em colapso”, afirmou o OCHA.
Segundo a agência, seus funcionários permanecerão em Deir al-Balah. “Esses locais, assim como todos os locais civis, devem ser protegidos, independentemente de ordens de deslocamento.”, disse.
“A ordem de deslocamento em massa emitida pelo exército israelense representa mais um golpe devastador para as já frágeis linhas de apoio que mantêm as pessoas vivas em toda a Faixa de Gaza”, continuou a OCHA, reforçando que a ordem vai limitar a capacidade de atuação da ONU e “estrangular o acesso humanitário justamente quando ele é mais necessário”.