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Haddad: má vontade em negociar tarifaço partiu dos EUA e comércio bilateral tende a cair ainda mais

18/08/2025 16h01 - Atualizado há 1 semana
Haddad: má vontade em negociar tarifaço partiu dos EUA e comércio bilateral tende a cair ainda mais
Estadão

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta segunda-feira, 18, que o comércio entre Brasil e Estados Unidos tende a cair ainda mais daqui para a frente. Haddad destacou que a corrente de comércio entre os dois países representa hoje menos da metade do que foi nos anos 1980 e deve cair ainda mais, após a imposição de novas tarifas dos EUA a produtos brasileiros. “Pelo andar dos acontecimentos, eu acredito que o comércio bilateral, infelizmente, vai cair ainda mais”, disse ele.

Haddad, que participou do seminário Brazil 2030: Fostering Growth, resilience and productivity, organizado pelo Financial Times e a Times Brasil CNBC, em São Paulo, também reforçou que o Brasil “fez sua parte” na mesa de negociações para reverter o quadro do tarifaço e que, para saber o que virá à frente é preciso “perguntar do lado de lá”, em referência ao governo americano.

O ministro também reforçou que o cancelamento da reunião entre ele e o secretário do Tesouro americano, Scott Bessent, na última quarta-feira, partiu do governo americano. Questionado sobre se o gesto de Bessent poderia ser interpretado como uma “provocação”, Haddad respondeu que não pode cometer “deslizes”, porque que a situação atual já é “tensa”.

“Eu não posso cometer determinados deslizes, porque já é uma situação tensa”, disse. “Qual a dificuldade de tirar uma conclusão óbvia nesse caso? Está tudo documentado?”, disse o ministro, em referência à comunicação formal de Bessent primeiro convocando e depois cancelando o encontro.

O ministro disse que resolveu divulgar que houve esse convite para “dissipar” qualquer dúvida sobre o Brasil estar disposto a negociar com os EUA.

“Eu sabia que, ao divulgar essa notícia, nós corríamos o risco de fazer com que a extrema-direita se mobilizasse nos EUA para reverter a situação. Mas ficaria demonstrado que a responsabilidade de a reunião não ocorrer, não seria do Brasil”, disse o ministro.

O ministro também destacou que, com o tarifaço, os EUA quiseram impor ao Brasil uma situação inegociável e inconstitucional, que seria o Executivo brasileiro interferir em questões do Judiciário, em referência ao julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro.


FONTE: Estadão
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