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R$ 25 milhões por uma cadeira: os bastidores milionários da Assembleia Legislativa

Enquanto o teto oficial de campanha gira em torno de R$ 3 milhões, candidatos recorrem a esquemas milionários para garantir votos, perpetuando uma política de interesses privados e corrupção.

03/09/2025 09h30 - Atualizado há 1 dia
R$ 25 milhões por uma cadeira: os bastidores milionários da Assembleia Legislativa
Foto meramente ilustrativa

 

Nordeste: onde o mandato começa a valer milhões

 

 

No estado, conquistar uma cadeira na Assembleia Legislativa não é apenas questão de votos ou popularidade. Nos bastidores, o custo real de uma campanha pode chegar a impressionantes R$ 25 milhões, segundo fontes políticas e análises de campanhas recentes.

 

O valor, muito superior ao teto oficial de gastos de cerca de R$ 3 milhões, não aparece nas prestações de contas. Trata-se de uma “economia paralela” que envolve desde pagamentos a cabos eleitorais até acordos políticos com prefeitos e vereadores.

 

 

 

 

A máquina milionária da eleição

 

 

Entre os principais gastos ocultos de uma campanha milionária estão:

 

  • Cabos eleitorais e lideranças locais: pagamento de estruturas para mobilização de votos em bairros, cidades do interior e zonas rurais.
  • Apoio de prefeitos e vereadores: negociações que envolvem verbas futuras, cargos e obras em troca de votos.
  • Logística e eventos: transporte de eleitores, caminhões de som, carreatas e comícios.
  • Assistencialismo camuflado: distribuição de cestas básicas, medicamentos e favores que não aparecem oficialmente.
  • Marketing digital e tradicional: vídeos, impulsionamento de redes sociais, panfletos, banners e produção audiovisual de alto padrão.
  • Blindagem jurídica e contábil: contratação de advogados especializados para proteger a campanha e contadores para dar “legitimidade” aos gastos.

 

 

 

 

 

Mandato como retorno financeiro?

 

 

Quando uma campanha consome dezenas de milhões, o mandato deixa de ser um serviço público e passa a ser um investimento a ser recuperado. Isso abre portas para supostos esquemas como:

 

  • Loteamento de cargos e secretarias;
  • Superfaturamento de contratos públicos;
  • Controle de emendas parlamentares para favorecer aliados;
  • Rachadinhas e “mensalões” regionais.

 

 

 

 

 

O ciclo da desigualdade política

 

 

O alto custo de entrada cria barreiras para novos candidatos e reforça o domínio de clãs políticos tradicionais no estado nordestino. Quem não tem acesso a grandes financiadores praticamente não consegue competir.

 

Enquanto isso, a fiscalização da Justiça Eleitoral monitora apenas o que é declarado oficialmente, sem conseguir rastrear o caixa dois ou os favores informais, muitas vezes por falta de tecnologia e pessoal o Ministério Público Eleitoral depende de alocação de recursos financeiros por parte do erário.

 

 

 

 

Quem paga a conta é o povo

 

 

No final, o eleitor se torna moeda de troca. O resultado é uma democracia de fachada, onde o voto popular vale menos que o poder do dinheiro, e o mandato deixa de representar o cidadão para se tornar uma peça em um negócio milionário.

 

Em tempo: Será que as fofocas e burburinhos procedem ou a matéria não passa de fake news?

 

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