Nordeste: onde o mandato começa a valer milhões
No estado, conquistar uma cadeira na Assembleia Legislativa não é apenas questão de votos ou popularidade. Nos bastidores, o custo real de uma campanha pode chegar a impressionantes R$ 25 milhões, segundo fontes políticas e análises de campanhas recentes.
O valor, muito superior ao teto oficial de gastos de cerca de R$ 3 milhões, não aparece nas prestações de contas. Trata-se de uma “economia paralela” que envolve desde pagamentos a cabos eleitorais até acordos políticos com prefeitos e vereadores.
A máquina milionária da eleição
Entre os principais gastos ocultos de uma campanha milionária estão:
Mandato como retorno financeiro?
Quando uma campanha consome dezenas de milhões, o mandato deixa de ser um serviço público e passa a ser um investimento a ser recuperado. Isso abre portas para supostos esquemas como:
O ciclo da desigualdade política
O alto custo de entrada cria barreiras para novos candidatos e reforça o domínio de clãs políticos tradicionais no estado nordestino. Quem não tem acesso a grandes financiadores praticamente não consegue competir.
Enquanto isso, a fiscalização da Justiça Eleitoral monitora apenas o que é declarado oficialmente, sem conseguir rastrear o caixa dois ou os favores informais, muitas vezes por falta de tecnologia e pessoal o Ministério Público Eleitoral depende de alocação de recursos financeiros por parte do erário.
Quem paga a conta é o povo
No final, o eleitor se torna moeda de troca. O resultado é uma democracia de fachada, onde o voto popular vale menos que o poder do dinheiro, e o mandato deixa de representar o cidadão para se tornar uma peça em um negócio milionário.
Em tempo: Será que as fofocas e burburinhos procedem ou a matéria não passa de fake news?