capital amanheceu alagada nesta quarta-feira (05). Poderíamos citar que as fortes chuvas foram responsáveis pela situação em que a capital estava, mas não foram, de fato.
Quando um território é povoado e urbanizado, o natural é que a sociedade organize-se, de maneira a proteger o patrimônio e a coletividade. Se há a incidência recorrente de determinado infortúnio natural, a reação que se espera do poder público é adotar uma forma de preveni-lo.
Infelizmente, mesmo após anos de cobranças da sociedade civil e da imprensa, o executivo municipal segue sem um sistema de drenagem que amenize os efeitos das chuvas na capital, e tampouco o legislativo tem atuado para cobrar a atuação.
Em síntese, o que se encontra é a omissão do poder público como um todo, resultando em grandes prejuízos para comerciantes e consequências inestimáveis para quem vive em locais de vulnerabilidade social.
Por ora, o trabalho da Defesa Civil de Maceió é somente alertar e monitorar, e o trabalho da Prefeitura é, tão somente, rezar para que as chuvas não piorem, assim como os moradores dos Flexais, por exemplo, e os comerciantes do Mercado da Produção.
A diferença entre a Prefeitura e eles é que o Município dispõe de um orçamento de mais de R$ 4 bilhões por ano, que talvez fosse suficiente para, ao menos, dar início a um estudo de viabilidade que visasse a construção de um sistema de drenagem.
Infelizmente, os shows e os asfaltos de quinta categoria compram os votos do povo de uma cidade que não pode receber 60 milímetros de chuva, se não, os alagamentos tomam conta.
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