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Alemanha ficou furiosa! China atinge avião alemão com laser

14/07/2025 15h25 - Atualizado há 5 dias
Alemanha ficou furiosa! China atinge avião alemão com laser
Internet

Um navio de guerra chinês apontou um laser militar contra uma aeronave alemã no Mar Vermelho no início de julho, criando uma nova tensão diplomática entre os dois países. O caso aconteceu durante uma missão da União Europeia para proteger navios comerciais na região.

O que aconteceu

O incidente ocorreu em 2 de julho de 2025, quando uma aeronave alemã realizava um voo de vigilância como parte da Operação Aspides da União Europeia. A missão tem como objetivo proteger embarcações comerciais dos ataques dos rebeldes houthis do Iêmen.

Segundo o Ministério da Defesa alemão, um navio de guerra chinês apontou um laser para a aeronave "sem motivo ou comunicação prévia durante um voo de missão de rotina". O avião alemão precisou abortar a missão e retornar à base em Djibuti como medida de segurança.

 

Reação diplomática

A Alemanha reagiu com firmeza ao episódio. O Ministério das Relações Exteriores convocou o embaixador chinês em Berlim para prestar esclarecimentos, uma medida que na linguagem diplomática indica grave descontentamento.

"O perigo para a tripulação alemã e a interrupção da missão são completamente inaceitáveis", declarou o governo alemão. A União Europeia também apoiou a posição alemã, tratando o caso como uma afronta a uma operação coletiva europeia.

A China, por sua vez, negou as alegações alemãs e afirmou que a história "não corresponde aos fatos", pedindo diálogo para evitar mal-entendidos.

Por que lasers são perigosos para aviões

O uso de lasers contra aeronaves representa um sério risco de segurança. Os feixes de luz podem causar:

  • Cegueira temporária ou permanente dos pilotos
  • Desorientação durante o voo
  • Danos aos equipamentos eletrônicos da aeronave
  • Compromentimento dos sistemas de navegação

Segundo a Administração Federal de Aviação dos EUA, "durante as fases críticas do voo, quando o piloto não tem tempo suficiente para se recuperar, as consequências da exposição ao laser podem ser trágicas".

Padrão de comportamento

Este não foi um caso isolado. A China já foi acusada de usar lasers militares contra aeronaves de outros países:

  • 2018: Pelo menos 20 incidentes suspeitos envolvendo lasers chineses no Pacífico Oriental, segundo oficiais militares americanos
  • 2022: A Austrália acusou um navio de guerra chinês de "iluminar" uma aeronave P-8A australiana no Mar de Arafura
  • 2023: Filipinas relataram que navio chinês apontou laser de "grau militar" para embarcação da Guarda Costeira

Contexto geopolítico

O Mar Vermelho é uma rota comercial vital, por onde passa 12% de todo o comércio mundial através do Canal de Suez. A China possui uma base militar em Djibuti desde 2017, sua primeira instalação militar no exterior, estrategicamente posicionada para monitorar essa importante via marítima.

A Operação Aspides representa um esforço da União Europeia para agir de forma independente na segurança marítima, sem depender totalmente dos Estados Unidos. Para a China, isso pode representar uma interferência indesejada em uma região onde tem interesses econômicos significativos.

Tecnologia militar chinesa em uso

Paralelamente aos incidentes diplomáticos, a Rússia tem usado sistemas de defesa laser chineses, conhecidos como "Silent Hunter", para derrubar drones ucranianos desde 2024. O sistema é um laser de fibra óptica de 30 kW montado em veículos móveis, demonstrando a sofisticação da tecnologia militar chinesa.

"Guerra de zona cinzenta"

Especialistas militares classificam essas ações como "guerra de zona cinzenta" - táticas que ficam abaixo do limite que provocaria uma guerra convencional, mas que servem para intimidar e testar as reações dos adversários.

O uso de lasers é especialmente eficaz para essa estratégia porque:

  • Não são classificados como armas letais no direito internacional
  • Permitem negar a intenção hostil (alegando que miravam equipamentos, não pessoas)
  • Causam máximo constrangimento com mínimo risco de escalada militar

O que pode vir pela frente

Os incidentes crescentes sugerem que a China está testando sistematicamente até onde pode ir sem provocar uma resposta militar direta. O padrão se repete: primeiro vem o laser, depois a negação categórica, seguida de contra-acusações.

Para os países ocidentais, isso representa um dilema: como responder a essas provocações sem escalar para um conflito direto? Enquanto isso, a China parece estar estabelecendo um "novo normal" onde atos de intimidação militar se tornam aceitáveis desde que permaneçam tecnicamente abaixo do limiar de guerra.

O caso mais recente no Mar Vermelho mostra que essas táticas não se limitam mais às águas que a China reivindica no Mar do Sul da China, mas estão se expandindo para rotas comerciais globais vitais.


FONTE: Realidade Militar
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