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Israel anuncia primeiras entregas de ajuda humanitária para Gaza

28/07/2025 14h55 - Atualizado há 4 dias
Israel anuncia primeiras entregas de ajuda humanitária para Gaza
AFP

Israel anunciou, nesta segunda-feira (28), que as primeiras remessas de ajuda humanitária desde a abertura das passagens de fronteira foram distribuídas na Faixa de Gaza, onde a desnutrição atingiu "níveis alarmantes", segundo a ONU. 

Pela primeira vez em meses, caminhões carregados com ajuda internacional cruzaram, no domingo, a fronteira de Rafah, que leva ao sul do território palestino a partir do Egito, após o anúncio israelense de uma pausa diária nos combates em algumas áreas para fins humanitários. 

"Pela primeira vez, recebi cerca de 5 kg de farinha, que dividi com meu vizinho", disse Jamil Safadi, que mora em uma barraca com a esposa, os seis filhos e o pai doente perto do hospital Al Quds, no norte de Gaza. 

O homem, de 37 anos, acorda de madrugada todos os dias há duas semanas para buscar comida. Pela primeira vez, nesta segunda-feira, ele não voltou de mãos vazias. Outros tiveram menos sorte e relataram ter tido sua ajuda roubada ou terem sido alvejados por guardas perto dos pontos de distribuição.

"Vi mortos e feridos. As pessoas não têm escolha a não ser ir todos os dias buscar farinha. O que chegou do Egito é muito pouco", lamentou Amir al-Rash, um deslocado de 33 anos que não encontrou comida. 

O presidente americano, Donald Trump, em visita à Escócia, disse ser "possível" chegar a um cessar-fogo no território palestino, sitiado por Israel desde o início da guerra contra o Hamas, há quase 22 meses.

Fome "implacável" -

Os lançamentos de ajuda humanitária sobre Gaza também foram retomados no domingo.

"Aviões israelenses lançaram sete caixas de alimentos (...) no noroeste da Cidade de Gaza. Dezenas de pessoas correram para buscá-las", relatou Samih Humaid, de 23 anos, que disse ter voltado para casa com "apenas três latas de feijão". 

"A fome é implacável", acrescentou. 

No final de maio, Israel suspendeu parcialmente o bloqueio total imposto à Faixa de Gaza em março, o que havia causado grave escassez de alimentos, medicamentos e outros bens essenciais, além de um risco de fome generalizada entre seus mais de dois milhões de habitantes, segundo a ONU e diversas ONGs.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou no domingo que a desnutrição atinge "níveis alarmantes" no território. Das 63 mortes relacionadas à desnutrição em julho, 24 eram de crianças menores de cinco anos. 


FONTE: AFP
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