A companhia proprietária do submersível "Titan", que implodiu com cinco pessoas a bordo perto dos destroços do Titanic em 2023, descumpriu protocolos básicos de segurança, segundo um relatório final americano, publicado nesta terça-feira (5).
O "Titan", um pequeno submarino de cerca de 6,5 metros de comprimento, submergiu em 18 de junho de 2023 para observar os restos do Titanic e deveria voltar à superfície sete horas depois, mas a nave implodiu.
Isto causou a morte imediata dos cinco ocupantes, entre os quais estavam o chefe da operadora OceanGate, Stockton Rush, e o cientista francês Paul-Henri Nargeolet, de 77 anos.
Os restos, encontrados no leito marinho a quase 4 mil metros de profundidade, foram analisados. Canadá e Estados Unidos abriram várias investigações para determinar as causas da implosão.
O relatório da Guarda Costeira americana identificou o "descumprimento dos protocolos de engenharia estabelecidos para a segurança, os testes e a manutenção" por parte da empresa como o "principal fator causador" da tragédia.
Também acusou a empresa de utilizar táticas de intimidação para evitar o cumprimento do regulamento.
A OceanGate tinha um ambiente de trabalho tóxico, recorrendo a demissões de gestores e à pressão para dissuadir funcionários e terceirizados de expressar suas preocupações sobre a segurança, segundo o relatório.