TEL-AVIV -O plano israelense de ocupar completamente a Cidade de Gaza foi recebido com muitas críticas dentro e fora de Israel nesta sexta-feira, 8. O temor é que a ocupação militar aumente ainda mais a crise humanitária e a epidemia de fome no território palestino.
A reação mais forte ao plano foi da Alemanha, que anunciou que irá suspender as exportações de armas para Israel que possam ser usadas na Faixa de Gaza, segundo o chanceler Friedrich Merz. Ele disse que está “cada vez mais difícil de entender” como o plano militar de ocupar a Cidade de Gaza contribui para os objetivos de Tel-Aviv.
“Nestas circunstâncias, o governo alemão não autorizará qualquer exportação de equipamento militar que possa ser usado na Faixa de Gaza até novo aviso”, acrescentou Merz. “O governo alemão continua profundamente preocupado com o sofrimento contínuo da população civil na Faixa de Gaza”.
O chanceler disse que o governo israelense “assume uma responsabilidade ainda maior” em relação à assistência a civis no território palestino com o anúncio do novo plano.
A ocupação da maior cidade do território palestino também foi repudiada pelo primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer. Ele classificou o plano como um “erro” e pediu que o primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, “reconsidere de imediato”.