Laudo indica hemorragia e politraumatismo como causas da morte de Sther, agredida após baile funk

20/08/2025 15h24 - Atualizado há 4 dias
Laudo indica hemorragia e politraumatismo como causas da morte de Sther, agredida após baile funk
G1

O atestado de óbito de Sther Barroso dos Santos indica que a jovem morreu por hemorragia subaracnóide, que é uma região do cérebro, traumatismo craniano e politrauma. Ela foi espancada até a morte em um baile funk em Senador Camará, na Zona Oeste do Rio.

O corpo de Sther Barroso foi enterrado no cemitério de Ricardo de Albuquerque, na manhã desta quarta-feira (20), sob forte emoção de todos.

Durante o velório, a mãe da jovem, Carina Couto, pediu por justiça e disse que espera que o caso não fique impune. Emocionada, ela falou sobre Sther:

“Tirou a minha filha de mim. Eu não vou aguentar, ela era linda e cheia de planos. Eu quero justiça, quero a minha filha”.

Amigos e parentes vestiam camisas com o rosto de Sther estampado, em um gesto de homenagem. A família ainda alega que a jovem foi estuprada.

O homem apontado como autor do crime é Bruno da Silva Loureiro, conhecido como Coronel, chefe do tráfico no Muquiço, em Guadalupe — área dominada pela mesma facção criminosa que atua na comunidade da Coreia, o Terceiro Comando Puro (TCP). Ele tem 12 mandados de prisão em aberto e está foragido.

Stefany, irmã de Sther, fez várias postagens nas redes sociais lamentando sua morte. Ela disse que o corpo foi entregue “desfigurado” e deixado na porta da casa da mãe.

Antes de morar na Vila Aliança, Sther e a família viviam no Muquiço.

“Estou sem chão, sem estrutura, quem nos conhece sabe o quanto somos unidas, leais e uma pela outra sensação de impotência por não ter tido tempo de salvar a minha irmã.”

A família contou que Sther já teve um relacionamento com Coronel, mas eles não estavam mais juntos. E que para fugir das investidas dele, a jovem se mudou com a mãe para um apartamento na Vila Aliança.

"Eu só quero justiça pela minha filha que não vai voltar nunca mais. Nunca mais eu vou ter a minha filha nos meus braços."

A irmã de Sther comentou um vídeo em que ela aparece dançando em um baile funk, registrado poucas horas antes da barbárie.

“Você não só acabou com a vida da minha irmã quanto da minha família. Olha a felicidade da minha irmã. Covarde desgraçado”, postou ela em redes sociais.

Nas redes sociais, amigos e parentes lamentaram a morte e compartilharam as anotações da jovem com as metas que havia traçado para o novo ano, que esperava ser o melhor de sua vida.

"Terminar a escola, fazer três cursos, ter um cachorrinho, focar muito na academia, agradecer a Deus todos os dias" eram alguns deles.

“Ela tinha tantos sonhos... Queria estudar, trabalhar, mudar de vida. Isso foi arrancado dela de uma maneira cruel”, disse uma amiga próxima.

De acordo com o Instituto de Segurança Pública (ISP), 49 mulheres foram vítimas de feminicídio no estado do Rio de Janeiro apenas no primeiro semestre deste ano.


FONTE: G1
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