Logo após a definição no STF, o presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), afirmou que vai se reunir com outros líderes partidários com o objetivo de, "até segunda-feira", apresentar "soluções possíveis" que garantam de fontes de custeio para que hospitais públicos e privados possam pagar a remuneração mínima para os profissionais do setor.
"A posição do STF não sepulta o piso nacional da enfermagem, mas o suspende, algo que o Congresso Nacional evidentemente não desejava", afirmou Pacheco em sua conta do Twitter. "Se preciso for, faremos sessão deliberativa específica para tratar do tema mesmo em período eleitoral. O assunto continua a ser prioritário e o compromisso do Congresso com os profissionais da enfermagem se mantém firme", afirmou o senador.
A falta de definição dos recursos para arcar com o piso salarial da categoria é o principal ponto da discussão atual sobre o tema. Quando o piso foi aprovado, em julho, por meio da Lei 14.434/22, o Congresso não especificou fonte de custeio da medida, embora houvesse discussões nesse sentido. Sem a definição dos recursos, entidades do setor de saúde apresentam ao STF ação direta de inconstitucionalidade contra a lei, que fixa piso de R$ 4.750 para enfermeiros, de R$ 3.325 para técnicos de enfermagem e de R$ 2.375 para auxiliares e parteiras.
Em seu voto, o ministro Gilmar Mendes pontuou que, apesar de entender que os valores definidos são justos e compatíveis com o exercício das atividades de enfermagem, "não se pode perder de vista os eventuais efeitos perversos que a lei, cheia de boas intenções, pode produzir na prática".
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