O adeus a José Carlos dos Santos, carinhosamente conhecido como Xameguinho, foi marcado por emoção, saudade e um gesto simbólico que arrancou lágrimas dos presentes: ao final do sepultamento, a canção "Asa Branca", de Luiz Gonzaga, ecoou pelo cemitério, encerrando a despedida com a força de uma música que representa o povo, a terra e a memória de quem parte deixando amor.
Xameguinho faleceu na última segunda-feira, aos 62 anos, e foi sepultado nesta terça, 1º, no Cemitério Parque das Flores, em Maceió. A notícia de sua partida causou grande comoção entre familiares, amigos e vizinhos, que o conheciam como uma figura alegre, querida e presente em eventos culturais e sociais da comunidade.
Durante o velório, muitos se emocionaram ao relembrar histórias vividas com ele. “Xameguinho era alegria pura. Era do tipo que chegava e todo mundo já sorria”, contou Maria Lúcia, amiga de infância. Outros destacaram seu amor pela cultura nordestina e sua maneira espontânea de tratar todos com carinho.
Ao fim da cerimônia, enquanto o caixão era baixado à sepultura, a clássica canção "Asa Branca" começou a tocar. Em meio a lágrimas, muitos acompanharam a letra em silêncio, como se ela resumisse o sentimento coletivo: a dor da partida e a esperança de reencontro.
A música, eternizada por Luiz Gonzaga, retrata a saudade, a seca e o coração do povo nordestino, sentimentos que agora também representam a ausência de Xameguinho. Um homem simples, amado, e que fará falta nas ruas, nas festas e, principalmente, nos corações.