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‘Maldição’ da tumba do faraó Tutancâmon pode virar arma contra o câncer; veja detalhes

25/07/2025 15h05 - Atualizado há 5 dias
‘Maldição’ da tumba do faraó Tutancâmon pode virar arma contra o câncer; veja detalhes
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Em novembro de 1922, o arqueólogo Howard Carter espreitou por um pequeno buraco para dentro do túmulo selado do faraó Tutancâmon. Quando perguntaram se ele conseguia ver alguma coisa, respondeu: “Sim, coisas maravilhosas”. Poucos meses depois, no entanto, o financiador de Carter, Lord Carnarvon, morreu de uma doença misteriosa. Nos anos seguintes, vários outros integrantes da equipe de escavação tiveram destinos semelhantes, alimentando lendas sobre a “maldição do faraó” que cativaram a imaginação do público por mais de um século.

Durante décadas, essas mortes misteriosas foram atribuídas a forças sobrenaturais. Mas a ciência moderna revelou um culpado mais provável: um fungo tóxico conhecido como Aspergillus flavus. Agora, em uma reviravolta inesperada, esse mesmo organismo mortal está sendo transformado em uma nova arma poderosa na luta contra o câncer.

O Aspergillus flavus é um fungo comum encontrado no solo, na vegetação em decomposição e em grãos armazenados. Ele é famoso por sua capacidade de sobreviver em ambientes hostis, incluindo câmaras seladas de tumbas antigas, onde pode permanecer dormente por milhares de anos.

Quando perturbado, o fungo libera esporos que podem causar infecções respiratórias graves, principalmente em pessoas com o sistema imune enfraquecido. Isso pode explicar a chamada “maldição” de Tutancâmon e incidentes semelhantes, como a morte de vários cientistas que entraram na tumba de Casimiro IV na Polônia na década de 1970. Em ambos os casos, investigações posteriores descobriram que o A. flavus estava presente e que suas toxinas provavelmente foram responsáveis pelas doenças e mortes.

Apesar de sua reputação mortal, o Aspergillus flavus está agora no centro de uma descoberta científica notável. Pesquisadores da Universidade da Pensilvânia descobriram que esse fungo produz uma classe única de moléculas com potencial para combater o câncer.

Essas moléculas pertencem a um grupo chamado “peptídeos sintetizados ribossomicamente e modificados pós-traducionalmente”, ou RiPPs. Os RiPPs são produzidos pelo ribossomo – a fábrica de proteínas da célula – e posteriormente alterados quimicamente para melhorar sua função.

 

 


FONTE: Estadão
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