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Ex-comandante da Aeronáutica diz que ataques virtuais tinham intuito de ‘mudar postura legalista’

15/07/2025 14h24 - Atualizado há 1 dia
Ex-comandante da Aeronáutica diz que ataques virtuais tinham intuito de ‘mudar postura legalista’
Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

BRASÍLIA - O ex-comandante da Aeronáutica Carlos Almeida Baptista Junior afirmou, em depoimento no Supremo Tribunal Federal (STF) nesta terça-feira, 15, que os ataques que recebeu na internet por se recusar em aderir a uma tentativa de golpe tinham o intuito de “mudar a nossa postura legalista”.

A declaração se dá no contexto do julgamento da tentativa de golpe de Estado, no qual o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e alguns membros de seu governo e da cúpula das Forças Armadas são réus. Os ataques virtuais mencionados pelo militar, segundo a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR), embasam a participação do general e então candidato a vice de Bolsonaro nas eleições de 2022, Walter Souza Braga Netto.

Além de acusado de participar do plano golpista, Braga Netto teria dado ordens para que o ex-major Ailton Gonçalves Barros direcionasse ataques pessoais – inclusive a familiares – ao então comandante do Exército, general Marco Antonio Freire Gomes, e a Baptista Júnior pela suposta recusa em colocar suas tropas à disposição de uma ruptura democrática. Também deveriam elogiar o então comandante da Marinha, o almirante Almir Garnier, o único comandante de Força que teria aceitado aderir à trama.

 

“Eu não tenho dúvida de que os ataques que foram direcionados a mim e ao general Freire Gomes tinham em grande parte o desejo de fazer com que mudássemos a nossa postura legalista. E serão sempre infrutíferas”, declarou Baptista Junior à juíza auxiliar Juliana Sorrentino.

Baptista Júnior e Freire Gomes foram arrolados como testemunhas de Barros, um dos sete réus do núcleo 4 da tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022. Esse grupo é acusado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) de ser o responsável por disseminar informações falsas sobre o processo eleitoral.

Os outros réus do núcleo 4 são Ângelo Denicoli, (major da reserva do Exército); Giancarlo Rodrigues (subtenente do Exército); Guilherme Almeida (tenente-coronel do Exército); Reginaldo Abreu, (coronel do Exército); Marcelo Bormevet (agente da Polícia Federal); e Carlos Cesar Moretzsohn Rocha (presidente do Instituto Voto Legal - IVL).

Baptista Junior reafirmou o que já tinha dito ao STF em maio, quando arrolado como testemunha de acusação contra o “núcleo crucial” do golpe, do qual Bolsonaro e Braga Netto fazem parte. O ex-comandante repetiu que foi colocado em uma ligação com Carlos Rocha pelo próprio Bolsonaro, ocasião em que teria explicado erros técnicos do relatório e reforçado a opinião de que não havia falhas nas urnas que comprometessem a integridade do resultado eleitoral.


FONTE: Estadão
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